Devaneio sempre e tanto,
Infame que sou,
Em qualquer canto,
Que só a Razão,
Filha de Apolo e Atená,
Me faria parar de delirar.
Espero que, mesmo que em espanto,
Seja sapiente em seu pranto
Para me abraçar ao me ver chorar
Pois que o Sentido, seja o que for,
É mais único do que poderíamos imaginar.
E nem a morte, nem o sexo,
Um dia irão o determinar.
Aqui-agora, Ali-Adiante,
O-que-passou...
O que me importa o que o sábio falou?
Sou mais eu não sendo quem sou.
... são tantas palavras e tantos gestos,
São tantos gritos e tantos murmúrios,
São tantas gentes, são tantos corpos...
O som, o cheiro, o calor,
A voz, o tempero, o sabor..
O amor,
Pra mim mais forte que qualquer intelectualidade,
Travestida em seu rubor.